terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A Morte Branca


    Simo Häyhä era um soldado finlandês que lutou na Guerra do Inverno, ocorrida entre 1939 e 1940. A guerra começou após a Russia reivindicar alguns territórios finlandeses e a Finlândia se negar a cede-los. Na época, Häyhä serviu como sniper (atirador de elite) defendendo o território finlandês. Ele se vestiu completamente de branco para se camuflar na neve. O inverno era rigoroso com temperaturas de até -40 graus e poucas horas de sol. 

    
    Häyhä utilizava um rifle sem mira telescópica para poder ficar praticamente invisível na neve. Quando se utiliza uma mira telescópica é necessário levantar a cabeça e caso o sol reflita na lente a posição do atirador é revelada aos inimigos. Durante aproximadamente 100 dias, Häyhä se tornou um verdadeiro desafio para o exército russo.



  Grupos de snipers foram enviados apenas para elimina-lo. Mas todos eles foram abatidos por Häyhä. Bombardeiros foram ordenados mas ele escapou de todos. Häyhä logo recebeu o apelido de "Morte Branca" pelos russos. Ele matou mais de 500 soldados, se tornando assim o atirador de elite que mais matou em uma guerra.


    Alguns dias antes do fim da guerra, Häyhä foi atingido por um tiro explosivo no lado esquerdo de sua mandíbula, mas foi resgatado por outros soldados que disseram que metade de sua face estava faltando. Ele entrou em coma e só acordou uma semana depois, quando a guerra chegou ao fim. Sua face ficou deformada pelo tiro. Após a guerra, Häyhä virou caçador e ganhou certa notoriedade, chegando até mesmo a caçar com o presidente da Finlândia. Ele morreu em 2002 com 96 anos.

O Túmulo da Morte Branca

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